quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Eu quero, juro que quero repousar com você numa vontade, numa casinha, à sombra de um jatobá, mas a linha descarrilha, essa curva cigana leva, a saltos do tempo, tenho saudades, saudade é quase mortal, a semana, ao longo das semanas, tudo cessa, já não há tanto, já não é pra tanto, e começam os desejos e começam os corpos sobre corpos, sem seja a guerra nem que venha o amor, é desejo de distrair angústias, de esvair solidões e esquecer de você, que uma noite foi algo de dor. O desejo de, o desejo de vida, saciado pela própria vida que urge pelos dias. E você vai se tornando uma memória, aquela que disse: "toda memória se desmancha em pó de estrada".

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