Na menina que se ergue
ao mundo
poema é lágrima
em cada folha de papel
contra a tormenta
palavras se vão
rasgam-se os versos
está aqui, está nela
poema que
sem ele
a vida não presta
está em tudo, está nela
nada mais resta
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Todas essas ruas são vias do medo
por onde corre a insegurança
à espera da luz
à procura do táxi
para chegar em casa
a salvo do outro
e fechar as janelas
as portas
pensar em mais trancas
mais grades
e cercas
medo do vento que sopra
dos gritos de “pega ladrão”
medo do outro
dos fantasmas do outro na sala
Todas essas janelas são entradas do medo
medo do próximo
que o Estado diz ser igual a mim
que a igreja prega que eu deveria amar
como a mim mesmo
e eu só amo a mim mesmo
só vou salvar a mim
quando o outro chegar
não haverá ideologia
quando o outro chegar
não haverá justiça
quando o outro chegar
Não me vejam covarde
evito caminhos que me levem ao outro
e já não ando sozinho a pensar em tudo
por culpa do outro
dedetizo, faço assepsia do outro
para não morrer
de medo
do medo
do outro.
por onde corre a insegurança
à espera da luz
à procura do táxi
para chegar em casa
a salvo do outro
e fechar as janelas
as portas
pensar em mais trancas
mais grades
e cercas
medo do vento que sopra
dos gritos de “pega ladrão”
medo do outro
dos fantasmas do outro na sala
Todas essas janelas são entradas do medo
medo do próximo
que o Estado diz ser igual a mim
que a igreja prega que eu deveria amar
como a mim mesmo
e eu só amo a mim mesmo
só vou salvar a mim
quando o outro chegar
não haverá ideologia
quando o outro chegar
não haverá justiça
quando o outro chegar
Não me vejam covarde
evito caminhos que me levem ao outro
e já não ando sozinho a pensar em tudo
por culpa do outro
dedetizo, faço assepsia do outro
para não morrer
de medo
do medo
do outro.
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